Estudo em Ribeirão Preto sugere que construtoras banquem fundo de transporte

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E se a moda pega? Veja a proposta que surgiu para a política urbana da cidade de Ribeirão Preto:

As construtoras comerciais e residenciais podem ajudar a financiar o fundo municipal de transportes de Ribeirão Preto (303 km de São Paulo).

O dinheiro seria usado nas subvenções para baratear o preço do transporte coletivo municipal e na administração de uma agência reguladora para o setor.

A sugestão está na primeira análise do contrato de concessão do transporte público entre a prefeitura e o consórcio Pró-Urbano que será apresentado nesta segunda-feira (29).

O estudo é feito por um grupo de professores da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, a pedido do Ministério Público Estadual, que investiga o contrato.

Segundo o coordenador do grupo, André Lucirton Costa, o recurso seria repassado por meio de contrapartidas devido aos custos de infraestrutura assumidos pelo município.

Já a agência assumiria o papel da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto) que, segundo ele, não tem condições suficientes para controlar o cumprimento do contrato.


"Não havendo controle, o lucro [do consórcio Pró-Urbano] pode ser excessivo porque deixará de cumprir com as obrigações previstas em contrato", disse Costa.

A prefeitura e o consórcio ainda não divulgaram oficialmente os valores arrecadados com a exploração do transporte público em Ribeirão. A concessão é por 20 anos.

A estimativa prevista em contrato é que a receita com as passagens geraria em torno de R$ 108 milhões.

Antes de assumir o serviço, em novembro do ano passado, o Pró-Urbano deveria investir R$ 93 milhões no serviço --a maior parte, R$ 73 milhões, para renovação da frota de ônibus.

Segundo ele, o fundo também seria composto pelas multas aplicadas pelos agentes de trânsito do município.

Hoje, a Transerp é financiada com uma taxa mensal paga pelo consórcio de cerca de R$ 173 mil. Há dois meses o consórcio não paga a taxa, segundo sua própria diretoria, que move uma ação na Justiça questionando os números do contrato.

Retirado de folha.com

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